Quem é de verdade

Há momentos,

Em que o silêncio –

Faz-se oportuno e necessário.

Fluindo os pensamentos,

Desvanecendo pela mente.

De forma coerente,

Ecoando em infinita imensidão.

Desprendendo do corpo,

Enchendo o copo –

Da transmutação.

Levitando o espírito,

Levando-nos por outra dimensão.

Basta fechar os olhos,

Imaginar-se em frente ao espelho –

Distanciando do exterior,

Buscando o novo dentro de si.

Encontrando respostas,

Depois de muito tempo arguir.

Fazendo no escuro as apostas,

Assim, redescobrindo a essência,

Valorizando as experiências.

Sempre bem vinda a maturidade,

Em qualquer faixa de idade.

Antes tarde do que nunca,

A vida terrena, um tanto louca.

Há quem aprenda no cotidiano,

Mudando rotas, refazendo planos.

Desbravando inúmeras possibilidades,

A constante busca, a felicidade.

Abrindo várias percepções,

Batendo de frente com as ilusões.

Há uma grande demanda,

Milhares, efeito de luz, debandada.

Na frente da tela, algoritmos,

Em desordem, fugindo da qualidade.

A baixa densidade, prefere a quantidade,

Falsos profetas, fora do ritmo.

É uma luta desleal,

Amontoado de barulho.

Fomentando o acúmulo, entulho.

Tão desproporcional,

Quanto a realidade.

Separe o joio do trigo,

Entre riscos e perigos.

Um enigma desproporcional,

Desvende quem é de verdade.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 08/09/2024
Código do texto: T8146988
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