Cenário caótico
Um corpo denso...
Em terceira dimensão.
Tenho a total convicção,
De que não acompanha os meus passos.
Vive bombardeado por ataques,
Entre o real e o sobrenatural.
Envolto em duras penas e dores,
Tenho que aprender a lidar,
Entre a sanidade,
E a falta de ar.
É uma luta constante,
Pois com consciência:
No espaço sutil,
Posso fazer aquilo que desejo.
Usufruindo de habilidades.
Somente os despertos,
Assim, compreenderão, escolhidos.
Não é capricho, é zelo,
Pois, o meu espírito volita.
De muito depende a inspiração,
Ao que me rege a egrégora,
No desprendimento do ego.
De fato a constatação,
Para os ignorantes a loucura.
Posso não ser,
O que esperam muitos.
Mas sou,
O que para me tornar,
Enfim, nasci.
Cumprindo a missão,
De vagar pela Terra.
Distante dos meus,
Com a intenção –
De mantê-los bem.
O Planeta Terra,
A cada dia mais em perigo.
Em desaparecer, corremos riscos,
O que acontecerá de fato.
As próximas gerações,
Condenadas à escassez.
Talvez não possuem as chances,
O que ainda podemos testemunhar.
Ao amanhecer,
Um céu acinzentado –
Não pelo nevoeiro,
Quem me dera, fumaça,
Ainda descortinando, o verde bandeira.
Espelhando a esperança,
O que se dará às nossas crianças?
Quais alimentos –
Às ofertaremos em meio a devastação?
Até quando?
A pergunta que me faço sempre.
Quem sabe,
O cenário transmute, de repente?
É o momento de cessar,
De refletir.
Para um Planeta denso,
Os nossos corpos não foram desenhados,
Para conviver –
Para suportar a poluição.
E sim, o oxigênio de nossas florestas.
Mas que no momento,
Convive com a combustão –
O gás carbônico-
Invadindo-nos pelas narinas,
Sufocando-nos.
Até quando suportaremos a destruição,
A favor do progresso?
Enquanto, alinhados com o retrocesso,
De mãos dadas com a involução.
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