SERÁ O FIM?
Na choupana tudo era paz
Na choupana tudo era amor.
A floresta era amiga
O ar era puro frescor
As chuvas eram frequentes
As noite era escuras
Até mesmo em noites de luar
Pois as sobras das grandes árvores inibiam a luz da Lua
Os animais noturnos realizavam uma sinfonia
Enquanto os diurnos dormiam
Os alimentos eram em abundância
Eu era um aventureiro naquele lugar
Caçava, plantavam, colhia...
Minha vida era saudável e de estupenda destreza
Hoje, só fumaça
De manhã e no final da tarde dá até para ver o sol a olho nu
Poluição noite e dia
As chuvas frequentes penso até que ficaram velhas e morreram
O clima fresco parece hoje um deserto
As árvores frondosas foram embora
A cascata desistiu e deixou as pedras nuas
O córrego cheio virou um fio de água
A caça acabou
As plantas não produzem mais
É isso aí!
Acácio Nunes