Tenho navegado pelo passado perscrutando vozes para fins de saber onde foi que errei. Errei, errei demais! Se não tivesse errado teria alcançado o sonho e ele ainda não chegou. Fiz inventário das coisas que tenho e me surpreendi do que restou. Uma bússola de mão para me guiar nas viagens em meus pra dentro, um mapa desenhado na parede dessa grietas interiores, um carro com a roda quebrada e uma ampulheta do tempo que não é minha, mas fui eu quem deu e foi rejeitada e jogada para o fundo de uma caixa de papelão num canto qualquer de um velho armário. De nada tenho que me leve ao Sonho, mas de tudo tenho para lançar viagem pelo mundo e nunca mais voltar. Só preciso aquela roda quebrada consertar... Onde errei? Errei sendo Flor, cravada na terracota e caída de Amor por um Sol que só ama a mais linda delas e vive entre as estrelas do céu.