Vivência
Em dias sombrios, disperso,
equilibro-me entre o tédio e o vazio;
Olhos exauridos, antes tão vivos , tenazes, livres
Nesse estado nada me move
rompe, toca ou exprime
Nada emociona, convence
Anima
Nada faz sentido, porém não precisa ser assim;
Se realmente me interesso por viver
Vivo
Por sonhar
Sonho
Por sorrir
Rio
Ora, quem pensas que és esse tal delírio?
Para se apossar de meu destino?!
Tempos modernos, amores líquidos ,
Tanto faz
Sou filósofo de mim
Da virtude e do pecado
Do vil e sublime
Sou eu quem decide como quero Vi-ver
Como é bom ter um salto de força na alma
Reverberando, beirando, berrando em si
Onda forte inconteste comandando o eu em mim
Desperta-me para a o momento que importa
AGORA
Então, tristeza, faça-me a gentileza
De se retirar
Nossa existência é sublime
Ainda que as águas que nutrem
Sejam as mesmas que afoguem
Há sempre mais motivos para viver
Sejamos eco da força de nossos ancestrais !