Vivência

Em dias sombrios, disperso,

equilibro-me entre o tédio e o vazio;

Olhos exauridos, antes tão vivos , tenazes, livres

Nesse estado nada me move

rompe, toca ou exprime

Nada emociona, convence

Anima

Nada faz sentido, porém não precisa ser assim;

Se realmente me interesso por viver

Vivo

Por sonhar

Sonho

Por sorrir

Rio

Ora, quem pensas que és esse tal delírio?

Para se apossar de meu destino?!

Tempos modernos, amores líquidos ,

Tanto faz

Sou filósofo de mim

Da virtude e do pecado

Do vil e sublime

Sou eu quem decide como quero Vi-ver

Como é bom ter um salto de força na alma

Reverberando, beirando, berrando em si

Onda forte inconteste comandando o eu em mim

Desperta-me para a o momento que importa

AGORA

Então, tristeza, faça-me a gentileza

De se retirar

Nossa existência é sublime

Ainda que as águas que nutrem

Sejam as mesmas que afoguem

Há sempre mais motivos para viver

Sejamos eco da força de nossos ancestrais !

Enna Luz
Enviado por Enna Luz em 31/08/2024
Código do texto: T8140959
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