"A virtude do 'Caos' "
Eu sou o heroi de si mesmo a desbravar o submundo da minha consciência com os demônios que me atormentam noite e dia. A sentinela do meu ser sente o desavanço descompassado de tua fria brana que afastou-se do meu sereno e singelo brilho. Como a pequena luz a brilhar ilumina os dias mais sombrios do Ulisses em busca de sua Penélope? Ou como poderia vim o Perseu a encontrar a sua Andrômeda? Como poderia o humilde e menosprezado deus Hermes livrar o Odisseu da bruxa Circe? Como poderia transitar com tantas grandiosas e decisivas missões entre o Hades e o Olimpo? Os reinos simétricos em uma relação de inversa proporcionalidade, a priori, é tida na mão daquele que toma a trajetória do seu ser como o guia a hermenêutica, a supersimetria, que se harmoniza nos distante acordes destoantes da beleza clássica, mas que faz jus a beleza de um gênio romântico, idealista, a-sistemas ou o que visa sintetizá-los, como o Hegel. Este é, pois, homens, o caminho que vos ofereço. Segue a ti mesmo e para isso sê inteiro. Ser a ti mesmo o ser-aí e com-tudo. E para si o processo sem culpa e receio. És além da vulgar moral, sua conceituação está sempre aquém da simplória e relés consciência dos pretensos gênios e doutos. Sê para eles o louco, o desairado Zaratustra, o cínico Diógenes e o relativista Protágoras, contudo, a dos teus de perceber o teu caminho, eis os teus aliados. Nesta guerra de aliança e desavenças, tome a tua espada e a retira da pedra bruta da ignorância, destrua e não a purifique; a transubstanciação é para os inteligentinhos, tua depuração do gosto e nobre ser faz-se na fúria do teu sublime ser-em. Estando em tudo, és com tudo o que há de mais profundo, sempre apontando o caminho para além da representação. Tuas meras aparências sensíveis tornaram o mundo do dever-ser o dever-se-ia. Agora estou a dizer-te, larga-me com tuas sofistas elementares e deixe-me estar com o tempo e com o mundo. Sou o Malphas a defender-me dos ataques gratuitos, a espreitar pela porta da sabedoria o diálogo dos grandes. A me deleitar nos doces verbos prosaicos dos poetas filósofos.