SAUDADE DE SI MESMO.

Para crescer, ele aos poucos, nasceu;

Para sonhar e combater a iniqüidade,

Um belo dia, sem perceber, sobreviveu.

Nada vendia, pouco comprava, nas possibilidades que a vida lhe dava.

Quando jovem, bom de bola e estudante

somente boas idéias de fatos marcantes,

Nos quais se envolveu, cotidianamente, gostava de discutir e, às vezes, escrever.

Nos tempos de estudante e profissional, as idéias brotavam facilmente em sua mente, provenientes da emergente experiência - que chegava com a percepção das coisas da vida em curso e vinda do conhecimento obtido de quase uma estante de grandes livros, todos lidos durante a boa e prodigiosa existência que transcorria.

Ele, no meio da molecada, gostava de falar de si e afirmava rindo, gozando algum amigo "perna-de-pau", que estava ficando, mais e mais, cada vez mais, sem constestação, melhor de bola, quase um craque consagrado.

À medida em que crescia, estudava, aprendia e jogava pelada ou futsal ia conquistando a vida e mesmo após anos e anos, ainda existem bons testemunhos, empolgantes, de alguns admiradores e praticantes do bom futebol.

Atualmente, quase de papo-pro-ar, ele vive curtindo as conquistas, vem saboreando a vida e a sorte e quando pode, amando um pouquinho, pois também é filho de Deus.

Ainda hoje, vive encantando a lua e sonhando com a felicidade eterna; caminha na sua senda com pouca tristeza no coração, como um garoto sonhador; porém, apaixonado, vidrado na beleza feminina e todos os dias não desgruda os olhos daquela bela mulher - a mais gata, mais encantadora da orla da praia. Assim, vem curtindo nas lembranças, uma cativante saudade do tempo passado, de si mesmo, na juventude.

Edson Neves - SAUDADE DE SI MESMO.