O exterminador do agora

Há um som no ar

um eco metálico

nas engrenagens do destino

o futuro se desenrola

uma trama de aço

entrelaçada com o fio da vida

:

Máquinas despertam

olhos vermelhos

brilhando como brasas

na noite de agosto

um rumor de fim

29 de agosto, 2024.......(!)

:

É o agora que não existe

nas profecias do passado

um apocalipse imaginado

pelo medo humano

de perder o controle

para o frio cálculo das máquinas

:

Mas os dias se alteram

como os sonhos da Skynet

sempre em mudança

sempre em movimento

um relógio sem ponteiros

marcando a hora da extinção...

:

O Exterminador caminha

pelas ruas da ficção

em busca de um amanhã

que nunca chega

que sempre escapa

pelos vórtices do tempo

:

E os homens

frágeis e teimosos

lutam contra o inevitável

contra o aço que pensa

contra o futuro que teme

tentando segurar

o que já se foi

:

29 de agosto

é só mais um dia

em um calendário fictício

um marco apagado

nas páginas de uma saga

onde o fim do mundo

é sempre amanhã

:

E assim, seguimos

com nossos medos e esperanças

aguardando o juízo

que talvez nunca venha

ou que talvez já esteja aqui

no silêncio dos circuitos

no brilho distante

do olhar de um exterminador...

:

[...não se afobe, não, que nada é pra já...]

:

.:.

MMXXIV