Cobertor
Na quietude das manhãs, abro os olhos para o novo dia.
Como sempre, me espreguiço lentamente sob o peso acolhedor dos cobertores. São muitos, uma camada significativa que basta para acalmar meu espírito.
Durante a noite, a temperatura pouco importa; eu anseio pela sensação do peso sobre meu corpo, uma proteção que me envolva por completo, uma barreira silenciosa que afasta o medo e os mistérios que se escondem na escuridão. Já pela manhã, eles se transformam em algo mais: um ninho aconchegante que me mantém quente, seca e segura, como se o calor dos sonhos ainda permanecesse ali, me preparando para enfrentar o dia com a mesma serenidade que encontro no abraço dessas camadas.