Não há mais canção...
O som que só ouço é, tão
somente, o motor dos carros.
Também deixei de ouvir a
triste canção da saudade.
O meu violão esquecido,
cujas cordas quebradas...
Não toca mais felicidades.
Pessoas chegam e saem
pungentes, sem cânticos,
sem alma, sem perspectivas.
Havia concertos na cidade;
cantos, emoções e risos.
O poeta jaz compositor.
O maestro sem inspiração.
O violeiro, que se findou.
A melodia, uma vez perdida,
faz da vida arte sem brilho,
onde a dor sobrepõe ao Amor.