Não há mais canção...

O som que só ouço é, tão

somente, o motor dos carros.

Também deixei de ouvir a

triste canção da saudade.

O meu violão esquecido,

cujas cordas quebradas...

Não toca mais felicidades.

Pessoas chegam e saem

pungentes, sem cânticos,

sem alma, sem perspectivas.

Havia concertos na cidade;

cantos, emoções e risos.

O poeta jaz compositor.

O maestro sem inspiração.

O violeiro, que se findou.

A melodia, uma vez perdida,

faz da vida arte sem brilho,

onde a dor sobrepõe ao Amor.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 24/08/2024
Reeditado em 24/08/2024
Código do texto: T8136362
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