CAMINHANTE
Eu te amo,
ó, rocha que sustenta
a minha dualidade
nesse meu descontrolado amor
onipenetrante
manifestação do Divino
em mim, em ti.
Amo-te nuvem que canta
e encanta à passagem da minha cabeça
pelas trevas do meu orgulho
no céu espiritual dos meus ossos.
Amo-te, ó flecha sensória
perdida no campo de batalha
da minha mente e do meu coração.
Meu corpo está fixo no quadrante
dos sentidos
mas vive para sempre em mim
essas partículas de fé, amor e esperança
condição védica para o cruzar
(dessa minha autoconsciência)
o umbral de Shamballa.