NO CANTO DO BAR
Largado e solitário no bar
Pensativo e desanimado
Pinga e cerveja na mesa
Espirais de fumaça no ar
Se encontra desempregado
Ele tem a plena certeza
Que por alí há de ficar
Mais uma dose da maldita
No caderninho faz anotações
De sua caminhada desdita
São brutais as emoções
Perdeu os seus bens e o amor
Com sua voz quase inaudível
- Garçon: mais uma pinga por favor!
Que sina cruel e incrível !
(Maurélio Machado)
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