MINHA POLTRONA SUJA DE SANGUE

Entrei, meio que zangado com o mundo

e pus meus pés no sangue derramado no leito da casa.

Limpei a poltrona e sai como querer dizer algo,

mas me conformei e fiquei calado. Não me contive

e tive que dizer para mim mesmo que errei.

As mãos cobertas de sangue, o pescoço coberto

de raiva, o corpo todo estremecido de dor.

Zangado continuei e só deixei de ser quando

vi pela vidraça um vulto.

Um vulto que me fez pensar, depois de pôr meus pés no chão

falei: tudo não passou de um sonho...

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 04/08/2024
Reeditado em 11/08/2024
Código do texto: T8121956
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