Arte Abstrata
Eu não faço perguntas
nem procuro por respostas.
Aceito o silêncio como forma
de normalidade e calmaria.
Encaro o passar das horas como
uma queda que me conduz
ao desconhecido, e não temo
a força do impacto.
Tenho a capacidade de
ler o que ainda não foi escrito e
de ouvir o ainda não dito.
Posso tatear o seu rosto
com as mãos do meu pensamento,
beber da sua boca em um cálice
cheio de ilusão,
desenhar o seu corpo na tela
da minha imaginação
e fazer amor com aquilo que eu criei:
a sua melhor versão.
Juntos, permanecemos para todo
o sempre:
você arte abstrata que vaga por aí,
eu amante da sua forma concreta.