A MORTE DO MAR
Gangues jogam as ultimas bombas, tiros de misericórdia
Feito carcará mergulham no leito d’água em disparada
Retiram do fundo de um mar morto vidas empalhadas
Peixes e marisco abatidos prematuramente sem criar discórdia
Choram as redes e o pescador, numa indignação indigna
O sal em dunas povoa o ar tornando mais salobra as lágrimas
O braço da península vaga suspenso sobre a borda...
...de um precipício, uma bacia vazia de verdes águas.
O vento não sopra, apagam-se as velas
As águas inanimadas fecham suas vias
Gaivotas em bando anunciam a morte do mar
Viaja nas nuvens um verde mar cremado
Tentando não ser mas molestado .