Amanhã será um novo dia
Há momentos na vida em que atravessamos desertos em nossa jornada.
Há momentos tão desafiadores que a gente fica a refletir:
“– Por que comigo?”
“– Eu não mereço!”
Se ficarmos presos na dor, vamos estagnar. A dor tem esse poder, de nos paralisar. É uma forma de fazer com que a gente, que vive sempre tão distraído, consiga parar para olhar aquilo que dói. Mas não basta focar na dor, tem que ser capaz de entender que é possível buscar a solução para a dor e que aquilo que nos machuca hoje, não machucará amanhã...
Tudo é do tamanho que a gente vê.
Se eu concentro meu olhar somente na dor, não consigo a mais nada enxergar, mas, se sou capaz de sentir a dor e dimensionar que é transitória, certamente isso expande minha mente na busca de soluções de controle e/ou superação para aquilo que me faz sofrer.
Guilherme Arantes em sua música “Amanhã” afirma que: “Amanhã, apesar de hoje, será a estrada que surge, para se trilhar...”. Esta letra nos convida ao entendimento que o hoje, por mais desafiador, será seguido por um amanhã cheio de possibilidades e que a abertura de uma nova estrada a ser trilhada expandirá o nosso campo de visão, a tal ponto que perceberemos que o que é nosso pode doer, ferir...mas vai passar...Outras situações irão chegar, outras estradas vão nos levar a outros caminhos e aquilo vai ficar, se não totalmente, mas ao menos com uma outra perspectiva, de experiência e não de dor.
Nem tudo aquilo que é desafiador precisa doer. Muitas vezes é parte do nosso crescer.
Em tempos de vitória por equipes na ginástica olímpica, os repórteres resgataram uma entrevista com Rebeca Andrade onde era questionada sobre o quão doloroso havia sido para ela o caminho até a vitória e ela dizia que quando olhava para trás ela percebia que havia sido desafiador, mas não doloroso...não tinha dor.
Por mais que ela, quando criança, tivesse que andar cerca de 2h de sua casa até o ginásio, ela não via isso como dor porque ela ia com seu irmão e a lembrança que trazia é que eles iam rindo. Ao mesmo tempo, ela registra que seu irmão tinha muita dificuldade de dar a mão a ela, mas que diante da responsabilidade ele aprendeu a andar de mãos dadas...
Assim é a vida. É preciso viver o hoje entendendo que tudo é perspectiva, mas, quando a realidade for tão pesada que não se tratar somente do olhar, ainda assim é preciso acreditar que “amanhã será um novo dia”.
Acredite!
Muita Paz!
Bom dia!
Com afeto,
Roberta Olmo.