Um dia
Um dia, talvez possa mudar
A perspectiva
Um dia, quem sabe,
Poderia enxergar através
Da visão de uma pequenina formiga
Ou de um grande elefante
E, talvez assim,
Desvendar partes que não compreende
Atravessar as montanhas sombrias
[Da mente]
Dar um basta aos monstros
Que consomem suas entranhas
Permitir que suas patas sejam
Guiadas por outras sabedorias
Muito além de velhos conhecimentos
Embora elas habitem também nos antigos
-Em raízes ancestrais e em passos já trilhados-
Ensinam o voo ao novo
Traçam mapas com seus caminhos
Em desertos, florestas, céus e mares
Feitos de erros, acertos, quedas, sal e sangue
Um dia, talvez,
Possa escutar as vozes desses seres
E chacoalhar o que não serve mais
Abandonar o que não faz sentido
Seguindo enfim, por lugares diferentes
Daqueles que prendem e sufocam o seu ser,
Por destinos vinculados ao amor
E lembre-se sempre que preciso for:
Um dia não estará mais aqui
Pergunte-se o que faria se restasse
Apenas, nessa vida,
Um ano...um mês...um dia.
Então, faça esse dia ser o seu presente
Agora vá...respire, sinta, toque...comece
Neste dia, viva.