O que une a humanidade?

O ser humano tem suas divergências, culturas diferentes, histórias, ideologias, filosofias, políticas particulares. O que uniria uma mesma espécie tão separada, o que compartilharia de igual ou comum? Se não o amor?

   Não especificamente o amor matrimonial, mas o ato de amar qualquer coisa mínima e insignificante. Amamos a grama verde, amamos uma estrada de paralelepipedos, uma arquitetura bela e detalhista ou um brigadeiro com nescau, amamos o cheiro do café quando passado, e amamos histórias escritas em páginas. Temos a mais bela capacidade de perceber e amar a simplicidade da vida. Isso nos torna humanos humanizados completamente ligados à essência de viver humanamente.  

Claro, alguns, ou todos, em algum momento da vida, amamos errado, no seu jeito ou na escolha de amar algo ou alguém errado. Mas o que mais bem caracterizaria um ser humano a não ser sua vontade ininterrupta avassaladora de desejar, possuir e conquistar o mais inalcançável e inimaginável? Alguns amam o errado, amam guerras, mortes e outros amam o ódio, mas amam.

Isso nos torna humanos, amaremos muitas coisas, mas em algum momento da vida, talvez por um tempo de curto prazo ou 70 anos, receberemos a coisa mais humanizadora que um ser humano pode experimentar: O amor fervoroso, impetuoso, violento, desesperador, intenso e consumidor. E tudo isso, vem muitas vezes com um olhar somente, gente que ama gente é gente de verdade.

Chego a conclusão que essa é a união da humanidade, o amor! Amar e ser amado é algo coletivo; todos experimentam uma vez pelo menos na vida, o amor é o laço resistente e duradouro que perdura a história do homem desde sua origem.