NÃO SE VÁ - DAMA DE NEGRO
O tempo ainda continua,
O mesmo planeta,
Com o céu, estrelas e terra,
Amor e desamor,
Nascer e morrer,
Ó Dama de Negro!
Não deixes, não deixes,
Que a escuridão,
Afaste a tua presença.
Não se vá!
Eu também já fui estraçalhado,
Com verbos e orações ignóbeis.
Não se vá, Dama de Negro!
Escreves teus encantos,
Tuas palavras em letras,
Que explodem em emoções,
Por todo este Recanto.
Sejas forte como o falcão,
Robusto como a águia,
E célere como Condor,
Pulsando nas nuvens,
Tudo olha e observa,
Sem nada dizer.
Não se vá!
Estou aqui em tua defesa,
Não abandone o Recanto,
Não diga um Adeus,
Para não gerar uma tristeza.
Ó amiga!
Qual foi o sucedido?
O que mais lhe magoou?
O que lhes disseram?
Não se vá!
Fala-me?
Diga-me?
Não olhes para trás,
Não vejas a negreja,
Daqueles que te perturbem,
E açoitam intuitos venenosos.
Vens...
Não deixes o Recanto,
Lúgubre será a tua despedida,
Sem nada me explicar,
Apenas de sentir,
Em palavras o teu adeus.