Conversando, com MIL ESTRELAS...
Resolvi, por um tempo, andar só;
Mas nunca, sozinho!
Fui tentar então, me achar, mesmo sem rumo;
Sem saber ao certo, aonde ir
Sabendo eu que deveria continuar a esmo, e seguir...
Um andarilho, sem nunca querer ser vagabundo;
Pois, nunca desejei me perder!
Saí para esta insólita incursão, ao centro de mim;
...bem cedinho, antes de o galo pensar em acordar!
E sem nenhum animal levantado,
Perambulando pelo quintal, zanzando...
Só fui lembrar de seu cantar... só, no outro dia!
Sem os primeiros, arrulhares de passarinhos;
Nem corujas assustadas, piando
Nem mesmo, passos passando;
...todos em seus ninhos, aninhados e dormindo.
Só meus passos, naquele exato momento pude ouvir!
E só assim, foi que pude, também me perceber!
Nada, nem ninguém a minha frente;
Nem sacis, nem bruxas, fadas ou duendes;
Nem mulas sem..., nem zumbis na madrugada;
Nada, absolutamente, nada...
Quis e precisei eu, deixar para trás, desencantos meus;
Todos meus pavores...meus fantasmas;
Melindrosamente, por mim, montados;
Meus medos infundados e juntos, meus prantos!
Cansado de tanto vaguear e andar;
Porém, com a alma mais leve que a bruma fina do sereno...
Parei e me recostei numa árvore mãe,
Frondosa! E bem ali no meio da rua,
Iluminado como se já fora de um novo dia,
Pelos milhões de raios fulgidos, da lua.
Sob um céu, totalmente crivado de estrelas
E uma imensidão de lindos corpos celestiais!
Adormeci, sem fazer forças...
Com as mãos entrelaçadas, no que me lembro, nitidamente
Fazendo uma prece em oração, agradecendo ao PAI!
As horas e o tempo, nem nada
Eram mais tão importantes, nesse momento!
A paz de espírito conquistada, acho merecida, esta sim...
Acordei e ainda era de noitinha!
Ainda sem o cantar do galo;
Ainda sem o perambular de todos os animaizinhos,
Terrestres, aquáticos e alados!
Acho que conversei em sonhos, com Mil Estrelas!
Delas, como se brincassem comigo, ouvi seus conselhos;
Disseram brilhando para mim, que Deus quer me ajudar!
...que só ELE pode fazer isso por mim;
Mas, que eu desejasse fervorosamente, a SUA ajuda...
Ainda ouvi corais de anjos cantando
E tocando harpas, só para mim!
Voltei a adormecer, mas dessa vez, pesadamente;
E acho até que o galo cantou... e se cantou, eu nem ouvi.