Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual17

Trigueirinho diz que as crises são do segundo raio. O do Amor.

Que necessitamos transcender o amor, no sentido do sentimentalismo do ego, aquele que leva ao apego, e passar a vivê-lo como energia. Energia pura.

Deveremos, antes de pensar em alforriar o ser, libertarmos definitivamente das crises, rompendo como se fosse um teto que existe sobre nós, libertando das necessidades, dos condicionamentos, e deixar entrar os raios do sol.

Haveria de passar a observar as necessidades alheias, levando as nossas para o segundo plano. Não preterir esta, que deve serem supridas na forma do "infra vermelho", mas priorizar as necessidades dos outros.

Somente assim, obteremos meios internos para começar a pensar na possibilidade de tocar internamente no Amor Divino, Amor Sabedoria, como energia.

A necessidade minha, abaixo das necessidades do outro, do Universo. Teremos que rever este ponto. Lembrando que é muito amplo este ponto a observar.

Haverá necessidade de saber surfar na oportunidade e na conveniência, para apropriar do domínio destas qualificadoras para ajuda, antes da Ação.

Colocada a necessidade em segundo plano, esse Amor começa a emergir. E daí, a prontidão para o serviço desagua no reconhecimento, a clarividência sobre a necessidade ou não da ajuda.

Fala o mestre em Amor Cristico,necessidades reais, não aquelas decorrentes dos vícios, apego, e os mais variados produtos decorrentes do ego em suas emoções conflituosas, da necessidade de ser querido, de ser amado.

Neste contexto, precisa o neófito ter acesso interno num outro conhecimento, o da Sabedoria, que está intimamente em conexão com outro subjacente, a Harmonia.

Esta é a dinâmica que teremos que estar dispostos interrelacionar, preterir minhas necessidades, priorizar a do outro, atenta e íntima com a voz interna para a prontidão e abertura para obter do Alto a sabedoria para atuar, dentro do dever-poder, no contexto da conveniência e da oportunidade, e, sobretudo, dialogar com a intuição se a ajuda irá atender a Alma do necessitado.

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A harmonia é o complemento, o par do Amor Sabedoria. A percepção interna da Harmonia será obtida pela contemplação, é pela introspecção , no silêncio do coração que nos realizaremos, onde nossa composição no JUNTO, será de uma forma natural e escorreita, onde o todo miscigenará, a partir da ação de cada um, o trabalho. A obra em realização.

Estar em segundo plano, priorizando a necessidade do outro, atenta à harmonia, compondo as ações no todo sem ferir a sensibilidade e o fluxo do JUNTO, O Amor Divino tomará a mente, fazendo Casa.

Isto, confesso, que poderemos levar tempo para apreender, e incorporar. Dependerá do nível de entrega que iremos realizar, de forma integral, e crescente.

Daí a mente deixará a posse da casa. Como a rosa, da semente ao botão, em relação ao Sol, renderá o domínio do ser em favor da intuição, e desabrocharalá, exalando seu perfume.

Na Casa, o Amor Divino será Rei, Senhor da Carruagem.

Trigueirinho me responde de forma indireta, por meio de sua doce fala, através de um de seus vídeos, que eu não era vazia, vagabundeando em meio às tristezas, e às insatisfações, mas cheia de amor. Necessitava canalizar tudo que sentia, que vivia represado.

Passando ser correnteza.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 24/07/2024
Reeditado em 24/07/2024
Código do texto: T8113668
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