Minhas bobagens são tuas verdades
26 de mar. de 2013.
Choveu o dia todo, uma chuva fria e resoluta. Eu quis tecer nesses pingos, te fazer de água e amar como uma sereia. Ouvi músicas antigas e te inventei em mim, "I'm all for you, body and soul". As notas urdiram teu charme e o belo casaco de inverno, a melodia deu cor aos teus olhos e a letra insuflou os sentimentos. Ficamos entre os minutos juntos, cedi a pele e você se adequou a cada curva, como um locomotiva atrasada. A música acabou e nos perdemos. Depois, nos livros, a matéria do que ele é feito, entre minhas mãos, no regaço, um semblante sereno, dormia... Em silêncio, eu beijei tua boca feita de cereja com açúcar proibida aos diabéticos de amor. Estou te inventado, esculpido tua face no escuro, pintando a alma com passionalidade... E espero que me reconheça, pois, embora você sonhe por aí com mistérios e outras fêmeas, reclamo ao destino, porque é meu, meu amor, minha canção, meu amigo. Está na hora de retornar às minhas mãos. Toque e sinta, há fábulas românticas emoldurando nossos dias; carece o "nós" para que isso viva... O caminho que nos separa é uma trilha sonora, há arte enfeitando as paisagens. Sou de peixes, amor, uma legítima pisciana boba, mas você, certamente, vai acreditar e gostar das minhas bobagens, elas são tuas também - verdades