Próprio caminho

Talvez não esteja em evidência,

Ao olho nu –

Rachadura imperceptível,

Iminência de cacos espalhados –

Pelo chão,

Centenas ou milhares de estilhaços -

Como já ocorreram algumas vezes.

Impossível se manter forte o tempo inteiro,

Mostrar-se sempre corajosa –

Mas por detrás a fragilidade,

De um corpo feminino.

Desbravando as turbulências,

Em completo desatino.

A maledicência dos julgamentos,

A Santa inquisição.

Os donos da verdade,

Em meio à hipocrisia da falsidade.

Usufruo da vida olhando para o espelho -

Da autenticidade.

Não me disfarço com máscaras,

Tenho a tal da lealdade.

A maior arma: O silêncio,

Navegando pela calmaria de um rio qualquer.

O que precisar ser dito,

A contento, será com bravura proclamado.

Ancestralidade –

A maior fortaleza do Espírito.

Denso –

Leve –

Intenso.

Com o ressoar dos cantos dos pássaros,

A Natureza demonstrando o seu poder.

Trago vertendo nos veios de meu corpo,

Embora, não pareça pelo tom da minha pele -

O sangue dos povos originários.

Então, no auge de sua soberba,

Não desfaça do que não sabe.

O meu entendimento interior é forte,

Como a descendência do Guerreiro de coração nobre.

Posso cair –

Mas também me levantarei quantas vezes forem necessárias.

Sou águia –

Buscando o próprio caminho.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/07/2024
Código do texto: T8110679
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