Próprio caminho
Talvez não esteja em evidência,
Ao olho nu –
Rachadura imperceptível,
Iminência de cacos espalhados –
Pelo chão,
Centenas ou milhares de estilhaços -
Como já ocorreram algumas vezes.
Impossível se manter forte o tempo inteiro,
Mostrar-se sempre corajosa –
Mas por detrás a fragilidade,
De um corpo feminino.
Desbravando as turbulências,
Em completo desatino.
A maledicência dos julgamentos,
A Santa inquisição.
Os donos da verdade,
Em meio à hipocrisia da falsidade.
Usufruo da vida olhando para o espelho -
Da autenticidade.
Não me disfarço com máscaras,
Tenho a tal da lealdade.
A maior arma: O silêncio,
Navegando pela calmaria de um rio qualquer.
O que precisar ser dito,
A contento, será com bravura proclamado.
Ancestralidade –
A maior fortaleza do Espírito.
Denso –
Leve –
Intenso.
Com o ressoar dos cantos dos pássaros,
A Natureza demonstrando o seu poder.
Trago vertendo nos veios de meu corpo,
Embora, não pareça pelo tom da minha pele -
O sangue dos povos originários.
Então, no auge de sua soberba,
Não desfaça do que não sabe.
O meu entendimento interior é forte,
Como a descendência do Guerreiro de coração nobre.
Posso cair –
Mas também me levantarei quantas vezes forem necessárias.
Sou águia –
Buscando o próprio caminho.
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