Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 11

Ovelhinha, criança no corpo físico, conduzida por bons e justos pastores.

Norteadores. Os que forneceram o arcabouço, facetas da cultura do mundo.

Papai e mamãe, naquilo que acreditavam. Escola, e o cabedal de conhecimento que os mestres dispunham para, numa relação aprendente, eu e o grupo pudessem terem recursos para, pouco a pouco, irmos tomando nosso lugar na vida.

E a sociedade, como um todo, o palco do encontro, do confronto de ideias e de valores.

De ovelhinha, mutei à condição como de uma felina do reino animal, que tem fome de carne, com a fome do saber, o acúmulo de saberes, e eles no movimentar no intelecto, voraz, sedento de mais.

Fui mutando na vontade.

Ao ponto do ego, o que é ponte, passa ocupar lugar de carro chefe no ser, vivo a fase juvenil da vida, o afã como o de um felino do reino animal, do leão em relação a presa e a fome.

De acumuladora de saberes, fui arriando, enfastiada do saber.

Até que passei à fase de camela e do pavão no mundo fragmentado, este do aparecer ser, do ter, do representar estar, do ator fingidor, que é feliz, que é resolvido para com as coisas desta vida, fazendo o papel de boa, bondosa, vez outra, impiedosa e acertada na escolha do bom porque deve ser,ou má, porque deveria evitar o mal.

Pão embolorado, vagabundeadora na vida, colecionadora de coisas, relicário de joias que nunca usava, porque dormia.

Sepulcro caiado, era.

Por fora, bela viola, por dentro, pão embolorento...eca! De eu para eu, confesso...Eca! Era horrível viver assim.

Se Jesus ressurreto fosse num corpo físico, ao certo olharia para mim e diria, em relação aqueles tempos, pobre ser...morrendo de sede, em meio a um rio todo abundante de água, água da vida, da bem aventurança!

Mas como o Filho perfeito de Deus, Naquilo que ele se tornou, que não tem estado, nem conteúdo e nem forma, É, vive, hoje, ontem, e para sempre, ele me alcançou.

Tenho a segunda chance, neste agora, infãncia da prendizagem espiritual.

Para aprender andar, JUNTO!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 16/07/2024
Código do texto: T8108153
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