Sob a Névoa do Tempo

Cada instante se dissolve como um sonho ao despertar. A vida, uma dança efêmera, surge e desaparece num piscar de olhos. Sentimos a passagem dos dias como areia escorrendo entre os dedos, impossível de segurar. Na pressa do cotidiano, esquecemos a fragilidade do agora, a preciosidade do momento presente.

Caminhamos por estradas incertas, carregando memórias que se desvanecem, sombras de um passado que moldou nosso ser. O futuro, uma promessa incerta, chama-nos com suas possibilidades infinitas, enquanto o presente, este breve lapso de existência, nos escapa.

Vivemos na esperança de um amanhã melhor, sem perceber que a vida se desenrola aqui e agora, no efêmero instante que habitamos. Sob a névoa do tempo, aprendemos que a eternidade se revela na simplicidade de um sorriso, no calor de um abraço, na beleza de um pôr do sol.

A efemeridade da vida nos ensina a valorizar o instante, a encontrar sentido no aparentemente insignificante. Somos poeira de estrelas, breves faíscas na vastidão do cosmos. E, no entanto, cada momento é um milagre, cada suspiro, uma dádiva.

Sob a névoa do tempo, aceitamos nossa transitoriedade, abraçamos a beleza do efêmero. Pois é na finitude que a vida encontra seu verdadeiro valor, e é no presente que descobrimos a eternidade.

Betaldi
Enviado por Betaldi em 12/07/2024
Código do texto: T8105581
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