Muito Além do Talvez...
Talvez, se depois da Alecrins eu tivesse entrado na Alameda Dracenas, em vez da Bromélias... se eu não tivesse virado a câmera do celular para o chão e filmado o tapete de flores caídas, e se um deslumbrante portão não me fizesse olhar para o que ele protegia e eu não me tivesse extasiado com um pônei passeando calmamente por aquele imenso jardim... Ou se eu não tivesse ficado tão embevecida com as belezas que uma simples caminhada pode nos comprazer e não tivesse notado seus olhos, tão comumente castanhos, quando esbarrei em você...
Talvez... talvez eu não tivesse paralisado quando senti a sua respiração perto do meu rosto, não tivesse estremecido quando suas mãos tocaram meus braços após o susto... E eu não tivesse emudecido e parecido uma adolescente flagrada em alguma molecagem qualquer quando você, com uma voz trêmula e suave perguntou se estava tudo bem, eu não saberia que assim era o amor. Que ele surge repentinamente, entre o devaneio e a realidade, entre a extasia e o susto, entre um sopro da respiração e um toque, entre um olhar e o som de uma voz...
Eu não saberia que o amor era simplesmente... você!
Talvez... talvez eu não tivesse paralisado quando senti a sua respiração perto do meu rosto, não tivesse estremecido quando suas mãos tocaram meus braços após o susto... E eu não tivesse emudecido e parecido uma adolescente flagrada em alguma molecagem qualquer quando você, com uma voz trêmula e suave perguntou se estava tudo bem, eu não saberia que assim era o amor. Que ele surge repentinamente, entre o devaneio e a realidade, entre a extasia e o susto, entre um sopro da respiração e um toque, entre um olhar e o som de uma voz...
Eu não saberia que o amor era simplesmente... você!
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Foto: Marise Castro