Respaldo da resiliência

Não é tristeza...

Não é nada disso.

É um misto de impotência com exaustão,

A humanidade anda – Anda – Anda –

Mas os seus passos seguem em círculos,

Não levando a lugar algum,

Somente ao desespero da violência.

Ao invés de evoluirmos,

O que estamos fazendo?

Caminhando na contramão,

Batendo uns aos outros.

Desejamos tanto a tecnologia,

E a usamos para nos matar.

Principalmente, com seu poderio bélico,

Quanto mais disparos: Melhor!

Quem é o inimigo?

Esse podemos enxergar muito bem –

Outro ser...

A nossa imagem e semelhança.

Na correria da rotina,

Na luta pelo pão de cada dia.

Não se separam o joio do trigo,

Na linha de frente somos todos escudos.

Invisíveis? Claro que não!

Importa se é branco ou negro?

Tanto faz!

Somos apenas mais um em meio à comunidade,

E ninguém nada faz para mudar a realidade.

Quem foi que nos muniu com o despreparo?

Qual o poder dessa equação?

Marionetes de um Governo oculto,

Aliados e oposição ao redor da mesma mesa –

Tramando a velha derrocada dos menos afortunados.

Com a mão direita dando-nos alguns direitos,

E a outra sufocando-nos os deveres.

Munidos com a balança da injustiça, por eles mal aferida.

Sem importância e nem o valor devido,

Abarrotando os bolsos sem fundos, inúmeros impostos.

Ainda há quem se sinta melhor do que os outros,

Pisando e oprimindo os seus iguais -

Na minha humilde perspectiva, os desleais.

São os primeiros a caírem na derrocada,

Estamos anos luz atrasados para a evolução.

Esta parece ser uma estrada infinita,

Sem nenhum ponto de abrigo.

Apresentando-nos inúmeros perigos,

Mantendo-nos sempre em alerta.

Sem previsão de onde virá a traição,

De qual direção partirá o disparo do opositor –

Ou será do fogo amigo?

Ambiência tóxica estão sempre à espreita,

A mercê, talvez não estamos largados.

Há quem se preocupe,

O lado mais fraco procurando realizar a união.

Pois, dessa maneira nos tornamos mais fortes,

O destino não depende da sorte –

E sim, do respaldo da resiliência,

No poder do compartilhamento, comunhão.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 06/07/2024
Código do texto: T8100931
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