Confissões de Uma Criança no Aprendizado Espiritual 6

Se é que existia algo que ainda não havia assuntado, era a aferição se estava nos trilhos da linearidade no aprendizado.

Dentro de uma verdade, no caminho espiritual, tem outra, outra, e mais outra.

Estava por demais carente de vida quando adoeci.

Havia nascido rica, cheia de saúde, de corpo e Alma.

Contudo, vivendo e convivendo, fui aferrecendo em força, vital e anímica, caminhando nos destrilhos, na irreal existência materialista.

Sedenta por água, dentro do Oceano.

De rainha, filha de Deus, mendiga do alimento espiritual.

Até a catarse, quando imergi na vida pelo caminho mais difícil. A doença.

Nela, na linha limítrofe entre viver ou morrer, fiz a escolha, fui achada, a semente por deveras, havia sido plantada em Terra fértil, emergiu.

Conheci o amor incondicional pelo avesso, um dos babados de uma peça que passou adornar as partes íntimas do meu ser.

Junto dela, passei aperceber uma Onipresença, Onisciência, Onipotência de um quê indiscutível de pertencimento , um estado pacífico no entendimento, de que sou filha junto aos demais irmãos da Terra da Paternidade Divina Universal,e isto se entendeu como num "fio de prata" a um estado maior interno, de que eu e todo mundo participa da Comunidade Fraterna Cósmica Universal.

Tudo foi ficando num Um, entendem?

Esses anos todos, me irmanei consentidamente com uma Egrégora Imanente, que a mim não é revelada aos olhos do corpo, mas é real, sinto irmanada a ela, que auxilia-me em poder e força para trilhar no caminho do recomeço, servindo e sendo servida, eu e tudo junto.

Me sinto assistida, não "recebendo o peixe", mas instrução do campo intuitivo de como processar nas minhas ações para o pescar.

Contudo,os desafios, as escolhas, os tropeços e os levantares, tem sido, como sempre foi, em cada fala, em cada escrita, de autoria e responsabilidade minhas.

Vinha camuflado, desapercebidamente, o olho interno para a leitura do nomear da minha vida, estava ausente da observação junto ao espelho Cósmico, aquele que auxilia as almas no caminho do aprendizado espiritual, se estava atenta à dinâmica do amor incondicional ditada pelo Mestre: " amar o próximo como a ti mesmo".

O junto, não estava na equação do equânime, contrabalança intuitiva que só se aprimora na prática ouvindo a voz interior, que é a do Alto, vinda do Amantíssimo, o Eu Real, Atman, que se dá somente pelo silêncio, no escrutíneo secreto do coração.

Saber ouvir a voz do coração é pressuposto para o aprender nesta nova era, a da Consciência. Se dá somente pela entrega da vida à Deus, e a disposição para o serviço para a Grande Obra.

A raça explorou toda a capacidade de explorar a Terra pelo campo mental, doravante, deveremos estarmos aptos ao aprendizado pelo caminho do coração, templo Sagrado, morada da Alma, Casa de Deus.

O "junto" tem dimensões, critérios e adequações. É um holograma que quem dita é o contexto, o instante, a conveniência e a oportunidade, o até onde do dever e do poder para atuar auxiliando os demais se estabelecerá, ou não. É o coração quem dará a justaposição de cada um no serviço.

Tem muito a aprimorar nisto, muito a aprender. Eis a festa da chegada do viver no Novo Tempo!

Nós, que iniciamos as pisadas no atuar neste novo tempo, onde o que valerá não será o trabalho visto na singularidade do ego, mas ele e sua utilidade para a Grande Obra.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 05/07/2024
Código do texto: T8100567
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