O amor pede caminho
"O Amor Pede Caminho"
O amor pede caminho, como vento sussurrante,
não sabe morrer sozinho, é força avante.
Imensurável, invisível, poderosa luz,
que invade a alma, clareia recantos, seduz.
Nas frestas ínfimas, ele se infiltra com ardor,
aquecendo o que é sombra, resplandecendo amor.
Em busca da união, das vidas que se entrelaçam,
emoções compartilhadas, almas que se abraçam.
Deixe-me adentrar, permita-me ver,
seus olhos revelam o que sinto, o que quer.
Decifrar o código dos olhares que se cruzam,
um universo em cada piscar, desvendando o que raramente se discute.
Adentro seu mundo, partilho sua visão,
sinto com a intensidade de sua paixão.
Testemunha de seu íntimo, compreendo seu ser,
alegrias e tristezas, esperanças a tecer.
Ao fechar os olhos, sou eu seu pensamento?
Meu nome murmura em noites de tormento?
O amor bate à porta, suave, mas urgente,
implorando um espaço, onde floresça sua semente.
Seus olhos espelham a alma, chave do enigma,
deixe-me ver-me em você, ao menos por um instante íntimo.
No eco de seu coração, sou eu a chama?
Que mantém viva a paixão, o fogo que clama.
O amor me consome, anseio pelo sim,
correspondido na mesma chama, ardente sem fim.
Desvendar o segredo, entender o desejo eterno,
nunca morrer sozinho, no amor intenso, fraterno.
Rô Montano ___________✍