Inquérito

Tenho seguido pela vida devorando grandes porções de ilusão. A quem estou tentando enganar? Até onde vai me levar essa bendita síndrome do impostor? Seria puramente autossabotagem? Ou teria alguma verdade nas mentiras que invento? Histórias criadas para aquietar a mente, encontrar alguma lógica onde a razão pura não justifica coisa alguma. Sem métricas, ou censuras, são os sentimentos que se expressam aleatoriamente além das minhas fronteiras tão (in) seguras.

Caminhos traçados por uma óbvia necessidade de evoluir. Passos dados para fora quando o quarto ficou apertado demais. Sem construir castelos, nem ousar muito no mundo externo. Cada pequena conquista ganha um peso enorme. Assim nasce a realidade inventada. Tão bela, tão sábia, que já não há como decidir onde mora essa autenticidade toda. Se é poesia, se sou personagem, ou nada disso existe. É só uma passagem pelo palco dessa existência. Um experimento de cores, sabores e perfumes que desenham uma perfeita ilustração. Um paraíso suspenso. O caos. Sempre a ele retorno. Minha espiral de Samsara. Roda mágica de estar presente quando a mente só pensa em divagar… Segue o baile! A vida é tecida muito mais por dúvidas que certezas, não há motivo algum para buscar respostas. O que é verdadeiramente importante, apenas fluir, dançando pelas valsas dessa existência, deixando o nosso melhor por todo caminho que passar.

*Si*