memórias
Convida-me para sentar contigo,
Mesmo que, por alguns instantes,
Elogia a todos que bailam,
Neste chão escuro,
Palco inseguro;
É que saímos cedo de casa,
Sem destino e direção,
Vagando pelo mundo afora,
A procura de diversão;
Nos olhamos sem parar,
Enquanto o salão escurece,
Colocando nossos corpos para dançar,
Ao som de velhos disquetes;
O momento é oportuno,
Para matar a saudade,
Recordar os velhos tempos,
Do campo e da pequena cidade;
Somente quando bate o sino meia noite,
A dança chega ao fim,
Cumprimentamo-nos felizes,
Seguindo os destinos por vir;
O colegial se foi,
Agora é a vida adulta,
Cada um com sua graça,
Prontos para a árdua labuta;
Agora resta-nos guardar na memória
As lembranças de outrora
De quando ainda éramos tão jovens.