TRÊS E QUARENTA.
Perdão.
Nestes momentos vãos e que sentimos a necessidade de sermos perdoados, de estarmos com alguém, de prestarmos, sequer, um vintém.
Nessas horas precisamos do calor da mãe, da mão amiga, do céu estrelado e do vento em popa.
Necessário se faz uma boa reza, uma bela ladainha que se preza, um barco à vela, uma vela de sete dias ou sete dias de bonanza.
Um café bem quente, uma boca ardente em um beijo estonteante e inocente.
Ah, saudade destes tempos que não vivi, destas terras que não pisei, destes erros que não medi, destes ares que não respirei.
Saudade é coisa que dá e passa, como diria o poeta, pois se não passasse, seria sofreguidão, por isso peço perdão, a Deus, aos amigos e àquela mulher, dengosa, cheirosa, gostosa, que jamais me quis amar.
Apenas ficar, sem compromisso, no que ela tinha total razão.
Por: Emyaj.