Contemplatio
Olho para mim
e te vejo
olho para os teus olhos
e me vejo
Penso em ti
nos teus abraços
de como eles fazem eu nunca querer te deixar ir
e os teus toques
suplicados pelo meu corpo
sabem das memórias que o teu corpo
tem do meu
Nossos corpos desdenham da racionalidade
querem a inevitabilidade da mescla
pois não se sabe onde se começa o meu eu
e termina você
Estamos cobertos de nós
o timing perfeitamente 'imperfeito'
se tornou feroz
Contento-me com teu olhar
que me acaricia
assim, me devolves os contornos de minh'alma
e em ti, sinto o destino sorrir
pois é o teu amor que me traz paz
sem fim, contemplo o tempo em ti...