A sutil arte de não parar

É sutil, mas toca lá no coração

Como aquela música que nos arrebata, há um tempo que não volta mais

E logo não devemos nada ao tempo

A hereditariedade de uma vida em algumas escolhas

O caminho que separa é o mesmo que junta

Um sorriso ligeiro que termina com um beijo

Um desejo sorrateiro pintado num quadro

Um dia bom com cheiro de mar dourado

que o sol pincelou ao se despedir

Memórias de um céu invertido

de algumas vezes que o céu estava azul

mas o dia continuava nublado

a irreversível caminhada de quem acredita

Não no momento certo, muito menos na sorte

Mas na sua implacável vontade de não parar.

EdCsilva
Enviado por EdCsilva em 26/06/2024
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