Sextou
Sexta feira. 15h. Sol de outono. Os caminhões de cerveja estão por toda cidade. Os meus tempos são outros. Já conheço a vida divertida, sem álcool. Sem ansiolíticos. Tantos sentidos se perderam. Outros tantos encontraram um lugar cativo na minha nova versão. A mente não esvazia. Tensão. Segue em frente. Algumas coisas precisam ser executadas. Não é uma escolha da alma. Só o necessário para uma normalidade, tão anormal pra mim. Talvez a crônica seja um meio mais confortável. Não. Também tem regras, técnicas, macetes. Essas incômodas prisões da arte de brincar com o cotidiano. Regras. Até para exercer a liberdade é preciso de regras. Para romper, é preciso conhecer as regras. Uma chatice! Doem os meus dentes. A ansiedade atravessou o corpo. Transborda. Vamos em frente. A vida fica bem melhor quando fazemos, exclusivamente, aquilo que queremos. A vida fica bem mais bonita quando enchemos nosso peito de coragem e ousadia. Repleta de ensaio e erro, além dos horizontes seguros. Talvez seja melhor esbarrar na criação poética. Genericamente nomear de prosa. Não é um ensaio. Essa aqui é a vida real!
*Si*