Sanfoneiro

O sanfoneiro cochilou

O sanfoneiro dormiu

Sumiu? Não!

A arte é uma maneira de eternizar-se

Risomar

O homem que carrega o riso no nome

A sanfona nos braços

A família no peito

A labuta do eito

Na luta sagrada da cultura sustentou seu lar

Sempre gostou de semear espaço de alegria

Na colmeia

Na flor

Na Floriano

O riso e o rasgar da sanfona de Risomar ecoaram por décadas

Era ponto de encontro de todas as idades

O forró dos velhos, forró de Risomar somou a cidade como um ponto de encontro entre o povo e o legado centenário de Gonzagão

Abriu espaço pra Sedução

E tantos outros que como Risomar fizeram o povão sorrir

Risomar era ponto de carinho e amizade

Ajudou o povo da nossa cidade a enfrentar as dificuldades do preço da carne e do feijão

Tocou a vida na melodia alegre de um xote

Montou seu repertório como um letrista de Baião

Agora o sanfoneiro foi embora

Vai prosear noutro plano

E para o público divino

Aqui ficamos com sua lembrança

Órfãos da sua arte e do seu otimismo

A cultura de Floriano fica mais estéril com sua partida. Deus o receba com uma sanfona nova. O artista não pode passar muito tempo parado.

Homenagem a Risomar Sanfoneiro, um dos sustentáculo da cultura de Floriano.

Professor Marcos Frank.

Marcos Frank
Enviado por Marcos Frank em 25/06/2024
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