Sanfoneiro
O sanfoneiro cochilou
O sanfoneiro dormiu
Sumiu? Não!
A arte é uma maneira de eternizar-se
Risomar
O homem que carrega o riso no nome
A sanfona nos braços
A família no peito
A labuta do eito
Na luta sagrada da cultura sustentou seu lar
Sempre gostou de semear espaço de alegria
Na colmeia
Na flor
Na Floriano
O riso e o rasgar da sanfona de Risomar ecoaram por décadas
Era ponto de encontro de todas as idades
O forró dos velhos, forró de Risomar somou a cidade como um ponto de encontro entre o povo e o legado centenário de Gonzagão
Abriu espaço pra Sedução
E tantos outros que como Risomar fizeram o povão sorrir
Risomar era ponto de carinho e amizade
Ajudou o povo da nossa cidade a enfrentar as dificuldades do preço da carne e do feijão
Tocou a vida na melodia alegre de um xote
Montou seu repertório como um letrista de Baião
Agora o sanfoneiro foi embora
Vai prosear noutro plano
E para o público divino
Aqui ficamos com sua lembrança
Órfãos da sua arte e do seu otimismo
A cultura de Floriano fica mais estéril com sua partida. Deus o receba com uma sanfona nova. O artista não pode passar muito tempo parado.
Homenagem a Risomar Sanfoneiro, um dos sustentáculo da cultura de Floriano.
Professor Marcos Frank.