E eu..

E eu,

Vestida de preto, como a noite,

Não por morte ou desgosto.

É uma pretensão analfabeta,

Uma crença devocional

que me rasga e amarrota

como se eu fosse papel.

E eu,

Vestida de preto, como uma sombra,

Não por negligência ou engano

É como uma paixão que se dança

Que amadurece e se expande

Na berma de um presságio triste.

Paula de Eloy
Enviado por Paula de Eloy em 24/06/2024
Código do texto: T8092288
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