Não foi "de pulmão"

Ele não morreu por causa do cigarro. A culpa não foi do pulmão ou dos rins. Não morreu de consequências. Nem aquele e nem esse e costumam ser muitos...

Porque são eles que morrem de si mesmos, quando se transformam em suas próprias doenças, em suas próprias vítimas. Porque são eles que morrem de teimosia e autoconfiança extremas. De profunda irracionalidade. De ausência de autoconsciência. De um tipo comum de demência. De um tipo sutil que confundem com masculinidade, intransigência... O que também é imaturidade, falta de inteligência... Não foi de cigarro ou parada cardiorrespiratória. Foi por suas próprias crenças. Não foi por causa de um vício de fumar, mas de um vício mais primário e tão ou mais fatal: de ego, de ouvir apenas a si mesmo, os ecos de suas próprias estórias, de quando trilha um caminho de erros, pensando que é um caminho e não um beco sem saída.