Castanholas.
Ouço castanholas em ritmo quase de um pandeiro, creio serem brasileiros estes ciganos. Lá um acampamento tão nobre quanto a felicidade, surge diante de mim, entre frondosas arvores.
Um instrumento de cordas de mim desconhecido, repicava o som acompanhado por tambores e, ah as castanholas em mãos jovens, me tirava atenção, quase me sentia hipnotizado pela apresentação. Mulheres no entardecer, fogueira, rapazes e senhora fazendo das palmas um bem vido á uma noite ainda não nascida. E eu desconhecido de todos, só como uma grande plateia extasiada, não só pela minha alegria, más já contagiado pela felicidade daquele grupo.
Nossa!!! Como podemos ser felizes e..., assim me permitia, respeitando certa distância no contemplar e não só os via, más me apaixonava pela alegria. Suas vestes cheias de detalhes, seus pés descalços na lona flutuava e, velhos com suas senhoras bebericavam felizes, entre jovens dançarinos incansáveis.
Que espetáculo, hoje me presenteia a saudade, mesmo diante de poucas lembranças, pois o tempo já me tira altivez do que não deveria, do valor da liberdade..., do vento que sacudia as chamas e os lenços, talvez de ceda das dançarinas, que faz-me ver como criança esta vida, tão cheia de pureza, que tive oportunidade por um dia.