REFLEXÕES DE ALMAS COMPARTILHADAS

Na tapeçaria do meu ser, escolho fios que brilham,

Não pela cor ou textura, mas pelo fulgor dos olhos a sorrir,

Busco almas que vibram com inquietude e curiosidade,

Que veem o mundo não como um palco, mas como um infinito por descobrir.

Não são os virtuosos que me encantam, nem os de hábitos duvidosos,

Mas sim aqueles que dançam na linha tênue entre a loucura e a luz.

Amigos que são espelhos da minha complexa essência,

Que trazem perguntas onde outros veem apenas o fim da busca.

Com eles, o riso é uma melodia e o choro, uma canção,

Eles são o ombro, o colo, a alegria que contagia sem razão,

Não são as risadas ensaiadas, nem as lágrimas de cena,

Mas sim aqueles que veem na realidade um eterno aprendizado,

E na fantasia, a chama que ainda acena.

Rejeito os amigos de semblantes sérios e almas cansadas,

Prefiro os que carregam a leveza da infância e a sabedoria dos anos vividos,

Crianças, que se encantam com o vento a acariciar a face,

Velhos, que trazem no olhar a paciência dos segredos descobertos.

Meus amigos são reflexos de quem sou, loucos e santos, bobos e sábios,

Crianças e anciãos, que me lembram que a normalidade é uma ilusão,

Eles são únicos, extraordinários, não ecoam o que desejo ouvir,

Mas sussurram verdades que preciso conhecer.

Mesmo distantes, sua presença é um porto seguro,

Diferentes em formas, tamanhos e cores, mas iguais na grandeza do ser,

Alguns sorriem, outros refletem, introspectivos ou expansivos,

Cada um, a seu modo, amplia minha percepção do viver.

Através de seus olhos, o mundo ganha novas cores,

E eu liberto a beleza que dentro de mim mora.

Compartilham a sinceridade, a lealdade, a autenticidade,

Entendem minhas fraquezas, discutem meus dilemas,

E me guiam com palavras sábias e conselhos sinceros.

Aos meus amigos, que são a essência da minha jornada,

Digo apenas que minha existência é mais rica com vocês a compartilhar.