A devoção de Argo

Ulisses, o nome ecoa

História de amores e guerras

Uma cena, a mais bela

Não é Penélope que nela se revela

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Homero, criticado por masculinidade

Mas um coração pulsante ele nos deu

A viagem, a aventura, a saudade

Um homem que só queria voltar ao seu

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Vinte anos, o herói retorna

Ítaca, sua terra, seu lar

Vê Telêmaco, homem se tornara

E a saudade vem como onda a quebrar

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Disfarçado de mendigo, se esconde

Entre Procos, trono usurpado

Ninguém o reconhece, triste fronte

Seu filho, esposa, povo enganado

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Mas Argo, o cão fiel

Vê além do disfarce, da dor

Para ele, príncipe, rei ou plebeu

A voz é o sinal do amor

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Argo guarda o último suspiro

Para Ulisses, seu dono querido

Amor, lealdade, amizade

Na era do vazio, verdadeira raridade

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Espero que você tenha alguém,

Que te ame pelo que é

Que olhe nos seus olhos

Com a devoção de Argo, a fé...

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Nesse Dia dos Namorados, celebramos o amor em suas muitas formas. Essa poesia que coloquei o nome "A Devoção de Argo" é para nos lembrar que o amor verdadeiro transcende aparências e circunstâncias. Assim como Argo reconheceu Ulisses além de suas vestes e disfarces, que possamos hoje olhar para quem amamos e enxergar a essência, a lealdade, e a profunda conexão que compartilham conosco. Que o amor que celebramos seja tão puro e devoto quanto o de Argo por Ulisses. Que assim seja! Feliz Dia dos Namorados!

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MMXXIV