Perto do Fim
Ao nos aproximarmos do fim, nosso corpo carrega o peso dos dias e, nossa mente, a fadiga das batalhas travadas. Cada passo é mais lento, cada suspiro mais pesado. O cansaço chega a ser palpável, enredando-se em cada fibra, em cada pensamento. Sentimos a exaustão física pulsando nos músculos, e a cabeça se rende à sobrecarga, buscando refúgio em um sono breve, de sonhos inconstantes.
Mas é exatamente nessa exaustão que encontramos a centelha que nos mantém em pé. Sabemos, com uma clareza dolorosa, que estamos perto do fim, e é essa proximidade que nos sustenta - como um farol na tempestade, brilhando com a promessa de um novo começo.
O fim, por mais árduo que seja, traz consigo a esperança renovada, a possibilidade de recomeçar, de renascer.
É a certeza de que, uma vez alcançado o encerramento desse ciclo, teremos a chance de reerguer-nos, de respirar novos ares. O que nos impulsiona é a visão do futuro que desponta, mesmo que ainda indistinto. Caminhamos, então, com o olhar fixo adiante, sustentados pelo desejo inquebrantável de viver o que está por vir, de encontrar o alívio e a renovação que somente o fim pode proporcionar.
Assim, seguimos, firmes na convicção de que o término é apenas um prelúdio.