O passar do vento

Como se fosse um espírito invisível,

Já vem ele balançando as copas das árvores,

Movimentos os ramos e as folhas,

Refrescando meu entardecer.

Era muito quente

E nem o percebia.

Seu sopro era como língua de fogo,

Aquecida pelo sol a pino,

Sem atino.

Meu Deus!

Isso parece a porta do inferno.

E logo ele cheia faceiro,

Como se fosse um saci-pererê.

Faz tudo pular,

Tudo se contorcer de prazer.

Assim sempre chegou a mim

O andar ligeiro em fins de tarde,

O passar do vento.

Só de o ouvir vale a pena ter nascido!

Edebrande Cavalieri
Enviado por Edebrande Cavalieri em 06/06/2024
Reeditado em 06/06/2024
Código do texto: T8079977
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