Estudando a fartura.
Cá estou José, queria me falar ouvi dizer. E assim que soube me aprecei, já que nos é cara a vida que já dividimos.
_Não tinha que se apreçar companheiro, trato dos problemas deste rio, muitas das vezes está baixo e cheio de peixes, doutras, nem saio pra lançar as redes, está cheio, volumoso e pesado. Só as sevas que me conforta em dias bons.
É este caso já nos está sendo velho conhecido, parece que a terra esta de nós se despedindo. O rio com suas dores, se enche de lágrimas e não sem raiva, vai devastando sua margem e nós cá pescadores, não que sabemos como pagar nossas conta. Já que trabalhar, no máximo é pra comer e olhe lá.
Então, más ouvi dizer que você conhece gente das barragens, então vamos lá falar com eles, controlar melhor as vasão.
José é poca minha relação, esta empreitada esta além das forças humanas. É como quando agente via a mata fechada, só tendo de andar em trilhas, ou nas poucas estradas. Hoje só se vê canavial, pastagem que assombra os olhos, sem sombra.
José tenho cá pra mim, que nós bicho homem querendo enriquecer, criamos um inferno prospero, em solo fértil e delicado, que existe hoje sem proteção das nossas mãos. Más lá onde consigo uma proza garanto, vou pedir estudo que propicie, uma espécie que se reproduza nestas dificuldades, para que não falte em nossos prato o pão.
Então tá, estamos conversado. Queria ouvir mesmo um resultado e sei agora que há jeito é só os que entendem dás leis e das ciências querer trabalhar, para nos ajudar, que o pão não vai faltar.
É isso companheiro e daqui me vou agora, até feliz por você ter entendido. Minha seva tá bem tratada, vou ver se consigo minha feira. Até.