Grunidos Vazios
Oh, eterna solidão da minha espécie!
Oh, eterna solidão da minha espécie!
De minha gente que caminha tão sozinha,
Que vaga tonta no meio da massa,
Sentindo o cheiro da gente que passa.
Oh, dor das noites solitárias!
Dos bares, cinemas repletos, lotados,
Da gente que sente o meio da gente,
No meio da gente passar não contente.
Oh, ruído de bocas abertas para o nada!
Grunhindo vazios que enchem o espaço,
Vagantes, pessoas perdidas de si,
Carregam o desejo de não ser sozinhas.