Carta aos infortunios

Sorrisos apáticos

Abraços falsos

Olhares perdidos

Amores falsificados.

Por onde andas.

Intruso de outrora

Invadiu minha casa

Tranquei as janelas e portas

Escutei um barulho durante a noite

A mente atrofiada e cansada.

Desconfiada e trágica

Não conseguiu dormir.

Solidão e coisas que caem do céu

Quando a noite se desfaz em véu.

Quem barganhou tuas palavras em versos.

Quem gostou já não está mais entre nós.

Temendo a escuridão lirica

Talvez nossa relação não seria cármica

Tuas palavras, prantos dos anjos

Quem ira te julgar se não nos mesmos.

Poemas, letras ingratas e amaldiçoadas

Lua, que brilha no amanhecer da noite escura.

O poeta é um ser humano?

Ou um anjo atormentado.

A solidão nos une

Sal de nossos prantos

Que desdenha a vida e seus pontos.

Versos, universos que nos pune.

A lua que nos embala a noite.

É a mesma que morre no nascer do dia e tenta ser forte.

Quero rasgar os poemas e não sentir mais dor.

Talvez amanhã amanhecerei bem melhor.

Devaneios Errantes
Enviado por Devaneios Errantes em 20/05/2024
Código do texto: T8067314
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