Carta aos infortunios
Sorrisos apáticos
Abraços falsos
Olhares perdidos
Amores falsificados.
Por onde andas.
Intruso de outrora
Invadiu minha casa
Tranquei as janelas e portas
Escutei um barulho durante a noite
A mente atrofiada e cansada.
Desconfiada e trágica
Não conseguiu dormir.
Solidão e coisas que caem do céu
Quando a noite se desfaz em véu.
Quem barganhou tuas palavras em versos.
Quem gostou já não está mais entre nós.
Temendo a escuridão lirica
Talvez nossa relação não seria cármica
Tuas palavras, prantos dos anjos
Quem ira te julgar se não nos mesmos.
Poemas, letras ingratas e amaldiçoadas
Lua, que brilha no amanhecer da noite escura.
O poeta é um ser humano?
Ou um anjo atormentado.
A solidão nos une
Sal de nossos prantos
Que desdenha a vida e seus pontos.
Versos, universos que nos pune.
A lua que nos embala a noite.
É a mesma que morre no nascer do dia e tenta ser forte.
Quero rasgar os poemas e não sentir mais dor.
Talvez amanhã amanhecerei bem melhor.