Receios do mar
Já fui um mar revolto...
Com ondas gigantescas, a se quebrantar...
Nas frágeis areias finas da sensibilidade, a acalMAR...
Um mar medonho...
Provocava medo e receio
Em quem quisesse nadar...
Já fui um mar em fúria:
Com ondas constantes
De tirar o fôlego!...
Deixei muitos a naufragar...
Sem saber nadar, não se desafia o mar...
Não sobreviveram a intensidade das minhas águas...
Já fui um mar calmo:
Poucos se dispuseram a remar
Preferindo subestimar...
Já fui mar
Já fui de Amar
Já fui de acalMAR
Ofertei amor
Recebi aMARgura
Mas em qual MAR
Acharia a cura?
aMAR cura?
Se cura, tem que aMARgurar e a face salgar?
O MAR que meus olhos tendem a permutar e a transportar, teme se derramar por qualquer mar...
Há de se deleitar!...fluindo em seu breve cursar...
Continuo sendo mar!...
Mas com receio de afogar
Em maré alta(EGO)
Em maré de azar(leviano)
Desconheço outros mares...
Busco águas compatíveis
Para um só mar, tornar...
Porque de todos os males
O pior, é não poder transbordar...