Moradora do primeiro andar
Sem fechar a porta, ela saiu. Sabia que não retornaria. Não disse adeus a nenhum dos moradores do edifício. Desde sempre, aquele endereço na Avenida São João era seu. Parecia que estava ali, às mil e uma maravilhas. Todos os dias fazia uma breve caminhada, sempre bem vestida, embora aparentasse excesso de maquiagem. Entretanto, isso nunca foi um problema para ela. Sabia se proteger como ninguém. Quando os bombeiros chegaram ao seu apartamento, viram no espelho: o chuveiro está ligado.