Solta a ilusão
No jardim do tempo, durante o dia, procuro sentir das flores o perfume, mas não sinto, e quando é noite, o silêncio tira os meus sentidos, e diz tantas coisas que eu não queria ouvir, eu escuto... De repente feito relâmpago, me iludo, quando eu digo que vi um pássaro encantado, não falando com a voz da razão, mas com a voz que ainda pulsa intensamente, e acredita em outra estação, nesse coração onde tudo suavemente acontece.
Vou aonde as cores vibrantes de um mundo diferente, num todo, ainda ressaltado se sobressai. No ar puro que só existe em minha imaginação, consigo respirar, do cheiro das flores nele me embriago, elas com as suas cores induzindo ao sonho de um amor que parou no tempo e nunca mais me soltou. Alguém certamente dirá que é só um delírio... Que seja _ Que lugar é este? Responderei certamente que é mais fácil sobreviver na ilusão deste único mundo em que habito, mesmo sem a mim mesma me pertencer.
O mundo ainda tem seus encantos, de todo não deixou de ser bonito! Aqui nos meus restos de fantasias, é que me sinto segura, onde a minha alma encontra e vive um amor de ilusão, no qual vivo, e ainda acredito. Sem cruzar os braços ou travar a esperança, aceitar a vida como ela é, num jeito simples assim, vou dizer que apesar das tristezas, sigo por este meu mundo. Ocas ficaram algumas palavras, solta a ilusão! A liberdade é fazer dela, a fantasia que nunca é.
Sonhar demais, ficou no passado, a realidade sem panos quentes, me apresenta friamente o chão, voar é o que já não combina mais comigo, e... falando de mundo, descobri que nunca tive um, porquê nada nos pertence, quando sequer seguro firme os meus pensamentos. Muitas vezes, mesmo estando aqui, nem a mim mesma consigo encontrar, fico pelas ruas estreitas da história da minha vida, a vagar, daqui da janela de onde ainda sonho, insiste essa minha alma, em viajar.