Vendavais

 

Depois, quando cessarem os vendavais

E o coração puder sentir

Tão somente a brisa das manhãs,

É preciso ter a força necessária

Para reconstruir...

 

Quando tudo o que o vento jogou para os ares,

Pousar no chão estremecido e árido,

Será hora de recolher o que mesmo em pedaços,

Será necessário para o recomeço.

 

Porque a incompreensão, quando se faz tempestade,

Não se apieda dos acertos que adornavam a vida.

E vem com a força de um furacão, procurando alicerçar,

Em razões imaginárias, a vontade de a tudo destruir.

 

Mas a calmaria que se segue, permite que germinem as reflexões.

E as lágrimas do arrependimento as tornarão mais fortes.

Novamente se fará o azul no céu e nele,

Não se verão por tempos, prenúncios de novos vendavais.